Aprenda sobre como trabalhar com dados, antes que tenha que aprender
Trabalhar com dados tem se tornado cada vez mais essencial em praticamente todas as áreas profissionais. A primeira vez que percebi isso de forma clara foi com uma colega de trabalho da antiga empresa em que comecei minha carreira. Ela era uma excelente analista de marketing, super criativa, porém tinha dificuldades em interpretar os relatórios das campanhas. Esses relatórios estavam recheados de números, indicadores e estatísticas que, àquela altura, pareciam um outro idioma para ela. Com o tempo, as decisões passaram a ser mais baseadas em dados e menos em feeling, e a falta de conhecimento acabou limitando suas oportunidades.
Essa situação sempre me faz pensar em como, muitas vezes, a gente só começa a se interessar por algo quando é forçado a lidar com aquilo. E trabalhar com dados é exatamente isso: uma habilidade que você deve aprender antes que a ausência dela se torne um obstáculo.
A importância de entender os dados no mundo atual
Um antigo professor costumava repetir em sala: “Quem domina os dados, prevê o futuro.” À época, essa frase parecia exagerada, mas depois de alguns anos de experiência no mercado, percebi o quanto ela faz sentido. Outra situação que me marcou foi quando um amigo assumiu uma posição de liderança em uma fintech. Ele veio de uma área mais voltada à comunicação e ficou responsável por tomar decisões estratégicas. No primeiro mês, se viu diante de dashboards complexos e uma equipe técnica que falava em SQL, análise preditiva e inteligência de negócios — tudo muito novo para ele.
A resposta dele não foi fugir do desafio, mas sim buscar aprendizado. Me contou posteriormente como dedicou várias horas a cursos, mentorias internas e prática, até se sentir minimamente confortável com as informações que precisava analisar. Isso mudou não apenas seu desempenho, mas sua visão de negócio como um todo.
Como começar a trabalhar com dados, mesmo que você não seja da área de tecnologia
Lembro de um colega do setor de recursos humanos que se destacou muito na empresa justamente por saber lidar com dados. Ele começou aprendendo o básico do Excel, depois partiu para ferramentas como Power BI e rapidamente passou a entregar análises interessantes sobre retenção de talentos, produtividade e clima organizacional. Ele provou, sem dúvidas, que trabalhar com dados não é exclusividade de cientistas ou engenheiros de software.
Ele me dizia: “O segredo é começar pequeno, com o que você tem em mãos, e buscar entender o que esses números estão te dizendo.” Foi um conselho que levei para minha própria rotina. Comecei a analisar meus próprios dados de produtividade e percebi padrões no meu desempenho que eu nunca tinha notado antes. Entender os dados me ajudou a entender melhor a mim mesmo.
Trabalhar com dados é mais sobre decisões do que sobre números
Uma vez, numa conversa informal com uma colega da área de produto, ela me disse algo que nunca esqueci: “O dado sozinho não vale nada. O que importa é o que você decide fazer com ele.” O que ela quis dizer é que o verdadeiro valor está em transformar dados em ações práticas. E para isso, é preciso saber interpretar, contextualizar e questionar os números com espírito crítico.
Trabalhar com dados exige mais do que habilidades técnicas — exige mudança de mentalidade. Você passa a se fazer perguntas como: “Esse número está alto, mas comparado a quê?”, “Esse aumento representa realmente um progresso ou é apenas sazonal?”, “Quais hipóteses posso testar com base nesses resultados?” Esse tipo de raciocínio não pode esperar uma emergência para ser aprendido.
Aprenda com a experiência dos outros: comece agora
Essa jornada de aprendizado não precisa ser solitária. Hoje há acesso a uma infinidade de conteúdos, ferramentas gratuitas e comunidades de apoio. Um amigo que atua como freelancer de design gráfico me contou que começou a aprender sobre métricas de desempenho das suas peças, como CTR e tempo médio de visualização. Isso o ajudou a estabelecer quais estilos trazem mais resultado e argumentar melhor com seus clientes. Saber interpretar esses dados fez com que os clientes confiassem mais no seu trabalho — porque ele não falava apenas de estética, mas de resultado comprovado.
Essa história mostra que, mesmo em áreas criativas e subjetivas, os dados têm poder. E esse poder está disponível para quem decide buscá-lo.
Trabalhar com dados é para todos, inclusive para você
A verdade é simples: aprender sobre como trabalhar com dados, antes que tenha que aprender, é um investimento em você mesmo. Evita dores de cabeça futuras, amplia suas possibilidades profissionais e te dá voz em conversas estratégicas.
Já vi casos demais de pessoas brilhantes que ficaram limitadas por não saberem lidar com informação. Em contrapartida, também conheci gente que deu um salto na carreira por ter dado o primeiro passo nesse mundo de números e análises. O segredo? Começar. Mesmo que devagar. Mesmo sem domínio. Porque uma hora a necessidade vai bater à sua porta — e se você já estiver preparado, fará toda a diferença.